03/06/2012 - 15h52
Débora ZampierRepórter da Agência Brasil

O grupo que saiu de Brasília deve pedalar de 110 a 160 quilômetros
por dia durante 12 dias, recolhendo adeptos em Belo Horizonte e Juiz de
Fora. As bicicletas vão equipadas com mochilas, aparelhos de medição
eletrônica e sacos de dormir, embora as pernoites ainda não estejam
garantidas. “Nossa ideia é conseguir apoio das prefeituras com a
hospedagem em troca de palestras e ações de conscientização, mas ainda
aguardamos respostas”, explicou o ciclista Felipe Teixeira.
O grupo não escondia a ansiedade minutos antes da viagem, mas o mais
emocionado era o ciclista Wallace Paschoal, 56 anos. O funcionário
público aposentado perdeu a visão há 12 anos após um tumor na hipófise
seguido de descolamento de retina. “Estou emocionado desde agora, mas
acho que a emoção maior vai ser quando estiver pedalando nas serras do
Rio de Janeiro”, destacou.
Paschoal integra o projeto Deficiente Visual na Trilha, que desde
2005 reúne ciclistas com deficiência para desbravar circuitos no
Distrito Federal. Eles usam bicicletas modelo tandem, que comporta duas
pessoas. Na viagem ao Rio de Janeiro, Wallace será guiado por um dos
organizadores do “bonde” de Brasília, o empresário Phillip James Fiuza
Lima.
Momentos antes da partida, entre cuidados com o filho e acertos dos
últimos detalhes, Fiuza disse que a organização do evento só foi
possível com a ajuda das redes sociais – que continuarão cumprindo
função importante nesta nova fase, com divulgação de notícias sobre a
bicicletada para quem quiser acompanhar a aventura.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
volta ao Rio de Janeiro depois de 20 anos para avaliar os progressos das
últimas décadas e os desafios ambientais que ainda devem ser superados.
O principal objetivo da Rio+20 é reforçar o comprometimento político
internacional para o desenvolvimento sustentável.
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