31 de maio de 2011

Friburgo de Bicicleta: Avenida 31/05/2011



Acabo de passar pela Avenida Comte Bittencourt onde encontro um carro do Corpo de Bombeiros em atendimento. Fico sabendo de um atropelamento. Nada posso falar sobre o atropelamento que não testemunhei. Mas posso relatar  o que segue:

1. O semáforo de pedestre, no local, existe apenas em um dos lados da via;                                          

2. O único semáforo de pedestre existente exibe apenas o sinal verde. Quando o sinal está fechado para os pedestres, o sinal aparece apagado;

3. O tempo para a travessia de pedestre é exíguo. 

O semáfaro não aparecendo vermelho para o pedestre,  a ausência de sinalização para pedestre em um dos lados da via e, ainda, o exíguo tempo para travessia são fatores que favorecem acidentes como o ocorrido.

30 de maio de 2011

Agência Brasil 30/05/2011: Ciclovias

Dilma fala em cultura do ciclismo e cobra de prefeitos a construção de ciclovias

30/05/2011 - 7h50 
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao comentar a entrega de 30 mil bicicletas para alunos de escolas públicas na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff citou hoje (30) a possibilidade de criação do que chamou de cultura do ciclismo no país. Em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela cobrou de prefeitos a construção de ciclovias que deem segurança aos estudantes.
As bicicletas foram doadas a prefeituras de 81 municípios brasileiros, para crianças que moram longe das escolas, como parte do programa Caminho da Escola. Até o final de 2011, a distribuição deverá chegar a 100 mil bicicletas e 100 mil capacetes para 300 municípios do país.
“É um meio de transporte que não polui e ainda permite a prática de uma atividade física. Ir para a escola de bicicleta é uma atividade saudável. Agora, tem que ter segurança”, disse. “Se as prefeituras adotarem essa prática, construindo ciclovias, eu tenho certeza que veremos muitas outras bicicletas circulando pelas ruas, e não apenas as do governo”, completou.
Sobre o compromisso de construir 138 creches e 454 quadras esportivas escolares ainda este ano, Dilma avaliou que, para que o país dê um salto de qualidade na educação, é preciso melhorar a estrutura dos colégios. “Isso inclui oferecermos boas condições para os nossos alunos frequentarem as escolas”, explicou.
A construção das creches em 83 municípios totaliza investimentos de R$ 154,3 milhões. Já as quadras esportivas beneficiarão 249 municípios e estão orçadas em R$ 216,9 milhões. As estruturas serão construídas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e a iniciativa faz parte do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).

Edição: Graça Adjuto

22 de maio de 2011

Comercial de 1978



Encontro e me delicio com este comercial da bicicleta Monark, de 1978. Postado no YouTube por Marcelo Fradim http://www.youtube.com/watch?v=jb736LgFj88.

20 de maio de 2011

Friburgo de Bicicleta: Via Expressa




Manhã encoberta, com frio e vento. Destino: Ciclovia da Via Expressa.
Gosto desse espaço. É na verdade mais que uma ciclovia, é um caminho democrático que abriga em harmonia os adeptos da caminhada, do ciclismo, da corrida e até os malhadores, lá no início, nos aparelhos de ginástica.
É um prazer percorrer o caminho de dois quilômetros, às vezes com alguma inclinação no piso, com suas subidas e descidas. É gratificante encontrar pessoas de todas as idades em busca de saúde ou do puro prazer de praticar uma atividade física. É muito bom avistar a Pedra do Imperador tão próxima e mais no final, o Caledônia, quando as nuvens permitem.
Encontro as divisórias recém-pintadas e testemunhei, em outras manhãs, o trabalho dedicado dos garis em manter o espaço limpo.
Por outro lado percebo, ao longo do tempo, o surgimento de novas entradas para veículos, descaracterizando o espaço e levando insegurança aos usuários. Próximo ao Ciep, por exemplo, existem duas entradas para veículos em uma distância inferior a 50 metros. Risco há da total descaracterização de um espaço que beneficia a tantos.
A preciosa área utilizada para shows, em frente ao Roseiral, deveria ser preparada e cuidada para espaço de lazer e convívio e não para depósito.
O espaço com os aparelhos de ginástica é muito frequentado e bem que merecia novos aparelhos, bancos e arborização.
Lembro-me que uma das pistas da Via expressa costumava ser fechada aos domingos. Era uma festa.

19 de maio de 2011

Toda vez que Shigeki Kobayashi se depara com um trabalhador pedalando e levando a sua sacola na cesta da frente da bicicleta, ele sabe que está vendo um novato que acabou de entrar para o grupo daqueles indivíduos que vão trabalhar de bicicleta. Essa conclusão deve-se ao fato de a carga pesada na frente fazer com que fique mais difícil manobrar o guidão, o que é um erro elementar.

Kobayashi também percebe que uma pessoa está começando agora a praticar o ciclismo de rua quando o ciclista pedala na calçada. “Algumas pessoas acham erradamente que é mais seguro pedalar na calçada”, diz ele. “Isso é um erro, já que na calçada existe uma probabilidade maior de o ciclista chocar-se contra algo ou alguém”.

Kobayashi é diretor do Grupo de Estudos para a Promoção do Uso da Bicicleta, uma organização sem fins lucrativos que promove o uso de bicicletas em Tóquio. Desde 11 de março último, quando um terremoto seguido de tsunami devastou o norte do Japão, as ruas de Suginami, onde ele mora, estão repletas de ciclistas que pedalam rumo ao trabalho. “O aumento foi súbito e visível”, disse ele durante uma entrevista.

No decorrer dos últimos 20 anos, mais trabalhadores em áreas urbanas como Tóquio têm passado a usar a bicicleta como meio de transporte para o trabalho, em vez de trens e carros, devido a preocupações com a saúde, o meio ambiente, custos e por desejarem evitar os trens superlotados. A catástrofe ocorrida no mês passado converteu agora alguns dos indivíduos que ainda estavam indecisos, ao comprovar mais um dos benefícios do ciclismo: o usuário conta com um meio de transporte para ir para casa quando os trens deixam de circular.

Naquele dia fatídico, milhões de trabalhadores viram-se presos no meio da cidade quando praticamente todo o sistema de trens e de metrô de Tóquio – que juntos transportam nove milhões de pessoas diariamente para a megalópole e de volta para casa – ficou inteiramente paralisado. As ferrovias interromperam a circulação de todos os trens por temerem os terremotos secundários que se seguem ao principal. Embora a maioria dos trens de superfície e de metrô tivessem voltado a funcionar por volta de meia-noite, centenas de milhares de pessoas tiveram que caminhar para casa ou dormir nos seus escritórios ou em prédios públicos.

Em meio a colegas preocupados que não sabiam como voltar para casa, Masataka Isashiki, 32, um funcionário público do bairro de Chiyoda, no centro da cidade, surpreendeu os amigos ao dizer que iria para casa como sempre foi: ele colocou o seu capacete e subiu na sua bicicleta. “A rua estava totalmente congestionada, mas eu simplesmente passei pelos carros que estavam presos no trânsito”, conta ele. “Os meus colegas ficaram impressionados”.

Naquela noite, multidões trabalhadores que seguiam para casa a pé, em uma jornada de até 20 quilômetros, literalmente invadiram qualquer loja de produtos ciclísticos que encontraram no caminho para comprarem uma bicicleta.

“Uma quantidade enorme de gente comprou bicicletas no caminho de casa”, diz Kenji Tanaka, secretário geral da associação de vendedores de bicicletas de Tóquio. “Naquela noite, muitas lojas venderam todo o estoque e ficaram vazias”.

“Desde então, as vendas têm aumentado constantemente e as encomendas não param”, acrescenta Tanaka.

“Como reflexo disso, há hoje em dia mais pessoas de bicicleta na estrada de manhã do que havia um mês atrás”, diz Isashiki. “Eu também vejo mais bicicletas estacionadas em frente ao prédio em que trabalho”.

Kobayashi, diretor do grupo de defesa dos ciclistas, conta regularmente o número de ciclistas que passam por uma movimentada avenida que leva ao centro de Tóquio. Em um certo dia em novembro passado, ele contou 105 bicicletas entre as 7h e às 8h. Esse número aumentou para 243 em 14 de março, três dias após o terremoto, e para 330 em 30 de março.

“O terremoto fez claramente com que aumentasse o número de pessoas que vão trabalhar de bicicleta”, diz ele. “Isso faz lembrar o súbito aumento do número de ciclistas em Londres após os atentados a bomba de 2005, quando o transporte público foi suspenso durante algum tempo”.

As pessoas que tentam seguir de bicicleta para o trabalho logo descobrem que a tarefa de encontrar o caminho pelas ruas sinuosas de Tóquio é longe de ser difícil ou exaustiva. “Com smartphones e o Google Map, a tarefa fica fácil”, diz Kobayashi. “Elas também percebem que a experiência de pedalar é bastante agradável. De forma geral, o terremoto provocou em muitos uma mudança de estilo de vida”.

Isashiki, o funcionário público, pedala dez quilômetros por dia – uma viagem de 40 minutos – na sua bicicleta prateada Bianchi, um modelo italiano pelo qual ele pagou 80 mil ienes, ou US$ 960. “De maneira geral, andar de bicicleta é muito mais agradável do que seguir imprensado dentro de um trem lotado”, diz ele.

Pedalar reduz o estresse, diz Takayuki Maruyama, 51, um executivo de uma companhia de tecnologia da informação localizada no centro de Tóquio, que pedala para o trabalho uma ou duas vezes por semana. “Algumas pessoa dizem que a gente pode ficar exausto ao andar de bicicleta”, diz ele. “Mas eu me sinto revitalizado. O único problema é estacionar. Não existe um estacionamento exclusivo para bicicletas, de forma que eu a deixo na calçada”.

Para a maioria dos ciclistas metropolitanos, os benefícios mentais e cardiovasculares do ciclismo superam as vantagens ambientais, já que a maior parte deles anteriormente andava de trens, e não de carros.

“Desde mais ou menos 2002, as pessoas falam da síndrome metabólica e outras coisas do gênero que afetam as pessoas de meia idade, o que deu início ao boom inicial do ciclismo”, explica Kobayashi.

Segundo o Instituto de Promoção de Bicicletas do Japão, uma agência governamental, o número de proprietários de bicicletas em Tóquio subiu de 7,07 milhões em 1990 para 8,99 milhões em 2008, o último ano para o qual há estatísticas disponíveis.

Recentemente, houve também explosão da demanda pelas bicicletas elétricas, especialmente após o terremoto de março.

Tooru Miyake, gerente da equipe de planejamento de vendas da Panasonic Cycle Technology, com sede em Osaka, diz que, provavelmente como resultado do terremoto, a venda de bicicletas elétricas da companhia cresceu cerca de 30% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Em fevereiro, esse aumento foi de apenas 10%.

A companhia não revela quantas bicicletas vendeu, mas diz que o total de vendas de bicicletas elétricas no Japão é de cerca de 380 mil por ano, e que a Panasonic detém 40% desse mercado.

Uol Notícias : 19/04/2011



12 de maio de 2011

Venci?



Um tombo nem sempre é engraçado. Mas esse tem alguns aspectos divertidos. O sujeito completamente perdido, perguntando se era o vencedor da competição. Me chamou a atenção um comentário espirituoso no YouTube em resposta a essa indagação. O comentário: a bicicleta ficou em primeiro e o ciclista em segundo. Um detalhe importante, o número do competidor é 171, creio que alguma trapalhada ele aprontou.

9 de maio de 2011

Século XXI - Maio 2011

Mobilidade: Um novo desafio para uma Nova Friburgo



              Por Beto Grillo 


                 Enquanto as maiores cidades do mundo repensam seus modelos de transporte, pois vivemos a era do chamado “Pico do petróleo” e o aquecimento global  é  uma realidade, Nova Friburgo ainda aposta em um modelo motorizado, de queima de combustível fóssil. O poder público permite ainda, inconsequentemente, que mais e mais carros entrem em circulação diariamente. A relação carro/habitante na cidade já é igual a da cidade de São Paulo, o que significa um carro para cada dois habitantes, um verdadeiro absurdo!

Apenas uma empresa detém a concessão da exploração do serviço de transporte público que, aliás, deixa muito a desejar, tanto na qualidade como na relação custo/benefício. Não bastasse isso, o direito de uso de outras formas de transporte quase é impossibilitado pela má organização do trânsito e pela má educação dos motoristas , que em sua maioria, ainda pensam que a prioridade é a maquina e não o ser humano.

Qualquer morador nascido em Nova Friburgo, que tenha mais de cinquenta anos de idade, se lembra que nos áureos tempos em que a cidade ainda não tinha tanto fluxo de veículos motorizados e que a atividade fabril era o sustentáculo da economia local, o meio de transporte mais utilizado para a locomoção era a bicicleta. Os mais antigos se lembram com nostalgia do tempo em que pela manhã e no fim da tarde, início e fim da jornada de trabalho, centenas de pessoas passavam pelas ruas pedalando suas “magrelas”.

Nova Friburgo tem grande área plana

Passaram-se os anos e o processo desordenado de urbanização da cidade, aliado a vontade de ser um grande centro, com todas as suas características modernas, criou o mito que a topografia de Nova Friburgo dificulta o uso da bicicleta e que somente veículos motorizados são eficientes. Possuir um automóvel era e ainda é nos dias de hoje símbolo de status social. Porém, na verdade, o principal eixo viário da cidade que liga o distrito mais povoado ao bairro mais populoso é praticamente plano. Estamos falando claro de Conselheiro Paulino e Olaria. O centro da cidade que fica entre estas duas localidades também é basicamente plano, o que facilita a locomoção dos ciclistas.

As pessoas adotaram o novo modelo, acreditando ser esta a maneira mais moderna e segura de se locomover. No entanto, é justamente nestes trechos onde ocorre o maior número de congestionamentos de tráfego e também de acidentes de trânsito, envolvendo não só motoristas, mas também pedestres de todas as idades.

A contemporaneidade mostra que, Nova Friburgo precisa pensar sistemas de transporte integrados e mistos, unindo formas de transporte coletivo e bicicletas (criação de ciclovias e ciclofaixas, bicicletários, bicicletas para locação, etc.). O que pode ser uma inteligente a criativa maneira de resolver a questão.  Ainda é possível recombinar possibilidades e criar e integrar sistemas onde estacionamentos públicos, no entorno do centro, guardem os veículos enquanto seus donos deslizam sobre a cidade em seus veículos movidos a pernas e no fim do dia deixam lá suas bicicletas e retornam para casa em seus veículos.

Podemos também pensar formas solidárias de transporte, onde vizinhos se unem para organizar listas de carona e roteiros comuns e rodízio entre os veículos e motoristas, gerando dessa forma não só uma acentuada queda dos índices de poluição, mas também uma significativa economia com gastos de manutenção e redução de veículos nas ruas Para projetos dessa natureza existem inclusive financiamentos e verbas oriundas de diversas fontes, uma vez que o desafio da mobilidade é um desafio do mundo contemporâneo.

Todas essas alternativas viáveis são bem mais baratas que a construção de viadutos, pontes, túneis e outras estruturas de concreto e asfalto que além de caras, somente contribuem para o aquecimento climático da cidade e a impermeabilização do solo, e ainda estimulam o aumento do número da frota de veículos motorizados.

O uso da bicicleta não só resolve o problema de tráfego como também ajuda no combate ao sedentarismo e todas as doenças à ele relacionadas.

A questão ambiental

A questão ambiental é outro ponto fundamental a ser levada em consideração. Quantas toneladas de gás carbônico deixariam de ser emitidas por uma simples mudança de hábito no tocante a locomoção? Bicicletas além de não poluentes também são silenciosas e bem pouco espaçosas. Sem contar o gasto de energia, que para a fabricação de uma bicicleta é bem menor que para produzir um carro.

Em muitas partes do globo pessoas se reúnem em torno da bicicleta. Seja com intuito esportivo, ambiental ou social. Clubes de ciclistas, grupos de amigos que se juntam pra passear, ativistas da mobilidade, e até mesmo oficinas coletivas e comunitárias, onde bicicletas são recicladas e distribuídas entre os membros, criando assim uma relação não materialista nem fetichista sobre o objeto, apenas conferindo valor de uso ao mesmo. Bicicletas promovem uma maior socialização  e promovem a cordialidade a gentileza, afinal o contato entre o condutor, as demais pessoas e o meio por onde transita é muito mais estreito.

Engana-se quem pensa que para andar de bicicleta é preciso ter muitos equipamentos e roupas esportivas, o uso do capacete claro é sempre recomendado, mas seu estilo pessoal pode e deve ser implementado ao seu modelo de bicicleta e a suas vestimentas. Em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, já é comum ver homens e Mulheres de negócios locomovendo-se em suas bikes, mesmo estando vestidos de maneira extremamente elegante para seus compromissos, o que criou uma tendência chamada “cicle-chick”.

A cidade precisa se reiventar e ousar. A educação das novas gerações e a mudança de hábitos no tocante a mobilidade humana dentro da “urbes” Friburguense é o caminho para a solução de um problema que começa a se tornar crônico. Não se trata de ir contra o carro, mas sim à favor de outras formas de transporte e da garantia do direito de ir e vir do cidadão.

Portanto você motorista que reclama do Trânsito, quando passar por um ciclista, ao invés de oprimir e desrespeitar, seja gentil, pois ele significa um carro a menos nas ruas, ar mais limpo e tráfego mais tranquilo o que lhe dá maior fluidez e agilidade.Você que reclama do estresse do trânsito, experimente deixar o carro em casa e vá de bike. Redescubra o prazer de estar vivo e sentir o vento na face. Não tenha medo, experimente de início trajetos curtos e vá aos poucos ganhando segurança para aventuras maiores.Pare, pense reflita!!! 

Para saber Mais: www.bicicletada.org


Beto Grillo é artista e produtor cultural